O SISTEMA DE COTAS NA POLÍTICA E A REPRESENTATIVIDADE DA MULHER NEGRA

Resumo

Inicialmente, oportuno registrar que o aspecto histórico do Brasil – em especial da colonização – ainda reproduz diversas consequências e condutas desequilibradas, enfatizando-se aqui no âmbito da política, ou seja, muito embora o Brasil seja reconhecido pela grande diversidade e miscigenação cultural (indígenas, negros, europeus, entre outros), a colonização não se deu de maneira pacífica e igualitária, resultando em entraves culturais e na política “tradicional”. Neste contexto, o presente artigo busca contextualizar a luta das mulheres negras por espaço e igualdade, principalmente abarcando os conceitos gerais de raça e sexo, bem como a exposição sobre a dificuldade de ter a pele negra e ser mulher numa sociedade culturalmente machista, sexista, heteronormativa e branquitude. Ademais, quanto à atuação e à participação da mulher negra na política, é notória a falta de representatividade. Assim, com base no levantamento bibliográfico, aborda-se ainda sobre as cotas raciais como forma e instrumento eficaz a fim de garantir a igualdade entre os indivíduos, especialmente àqueles que sofrem discriminação e exclusão, in casu mulheres negras. Desta forma, esse artigo busca tratar da problemática que aborda a discriminação e racismo contra mulheres negras ante à sua dificuldade de representação política, oportunizando uma reflexão sobre a (in)efetividade das cotas para se alcançar a entrada e permanência de mulheres negras na política.